16 de maio de 2009
I'll keep you locked in my hand
Until you need again
Tell me...
Until we need again
I won't forget you my friend
What happend?
Não sei lidar com a perda. Talvez por isso eu tenha dificuldade em me apegar: medo de perder. Integro-me a pessoa, e não tê-la me apavora. Gosto de poucos.
A verdade é que eu sou tão frágil.
Eu sou amor. Sou o mistério, o intenso, o profundo, nítido e silencioso. Sou também paixão. Sou toda dúvida. Sou incógnita.
Tudo é eterno? Sim. Mas quanto tempo é eterno? Um beijo, mãos dadas ou olhares curiosos. E fim do momento eterno...
Nem sempre.
O desconhecido me habita. Não tenho regras, um quebra cabeça sem peças. Possuo uma casca grossa para proteger-me(ou não) do perigo. A perda é o perigo. O apego causa desgaste.
O desgaste causa perigo.
Desconheço-me. Eu imutável. Intransparente. Eu ao quadrado.
Platônico sim. Desisto de desistir, aceito a impossibilidade. Espero viver com ela: bem, obrigado. Mais ou menos, obrigado. Mau, obrigado. Vivendo. Platônico sem reservas! Me entrego a paixão inventada, a minha imaginação, ao que criei. E por enquanto, não lido com a perda. Só perdi a realidade, e a doçura do mutualismo.