Um pouco de amor, de filmes, de sonhos... e de mim.

30 de setembro de 2009

eu eu eu

Hoje eu não preciso de você. Não quero seu abraço, seu amparo, sua ajuda. Hoje quero a mim. Hoje a risada vai ser minha, a paz vai ser minha, a cara vai ser a minha. E hoje vai durar. Hoje sou eu quem conta a história. Hoje sou eu quem faz a história.

você você você

Quando o único som da casa é o da minha mente, quem fala é você. Sussurra no meu pescoço o que não quero- e quero -ouvir, perturba meu sono.
Viro o travesseiro, fecho os meus olhos e vejo os seus. Me procurando a noite, quando tentei esquecê-los o dia inteiro, a semana inteira, a vida inteira.
Você é então,quando eu adormeço, meu melhor sonho e meu pior pesadelo. Se faz assustador e acalentador, me bate, me agride e me quer.
Mas ainda é um sonho- o mais surreal. Você vêm sem que se faça sentir, sem anunciar. Como uma brisa, como oxigênio. O mais letar oxigênio.
Você me aprisiona em barras de desejo, me prende e finge que é amor; me escraviza, me fere e me mata. Você, logo você. Me mata.

PUUUUTZ

EU TO MUITO(MUITO) AZUADA! SEI QUE PASSARAM UM MONTE DE ANIVERSÁRIOS, MAS NÃO DEI PARABÉNS PRA NINGUEM!
DESCULPAA :(

28 de setembro de 2009

quem?

Me sinto tão influenciada, tão esmagada, tão anulada por você que não sei se sou sua por opção. Me entrego de uma forma que não compreendo, mas me reservo de forma maior e racional, fria imparcial, não minha, mas sua.
Uma vez as coisas podem ser do meu jeito? Eu, não você. Me deixe escolher.
Acho que gosto mais de gostar do que gosto de você. Mas você pode gostar de mim. Então nós podemos gostar juntos de gostar. Mas gostar sozinha não. Quero gostar de mim.

24 de setembro de 2009

warriors

Im not ready to give up this fight. Im bleeding for no reason for too long, and now I do have a reason. You.
The thing is: I have waited for be hurted like this for ever. I never wanted to suffer for no other person, just for you.
So, her am I. The most beloved soldier you will ever find. Pehaps Im just fighting because you dont want me to(or because you dont want me at all)... but everybody needs a few broken bones/hearts sometimes - Its my time.

20 de setembro de 2009

ontem

É calmante saber que as coisas voltam ao normal. Certas vezes não há nada que se possa fazer para mudar uma situação; ela simplesmente existe. Ela está lá, boa ou ruim.
Não é reconfortante perceber que um sofrimento antigo não se curou, e que provavelmente nunca o fará. Aquela dor que nunca foi esquecida, apenas guardada.
Outras relações, por mais que se brigue, são de amor. Irreparavelmente de amor.
certas coisas não se mudam; se mantêm intocadas no poder de salvar e ferir.
Que fira para salvar, que salve para ferir.

19 de setembro de 2009

eu tenho um sonho.

Um dia, ele a puxou para perto e sussurou besteiras românticas no seu ouvido. Ele lhe deu um apelidinho ridículo, mas que seria só deles.
Um dia, ela disse eu te amo. Ele ouviu com os olhinhos mais brilhantes do mundo, e na hora nem respondeu, só consguiu olhá-la. Mas pensava alto, muito alto: amo, amo, amo.
Um dia, ele tocou na mão dela e olhou através de seus olhos, como se pudesse vislumbrar seus pensamentos, e, por um momento, eles não precisaram dizer nada.
Um dia, ela e ele perceberam que não eram mais ela e ele, eram eles. Como em um só.
Um dia, eles deram risada confessando que iriam ficar juntos mesmo quando estivessem velhos, pelancudos carecas.
Um dia, juntos, eles perceberam que estavam velhos, pelancudos e carecas.

Um dia, ela acordou.

18 de setembro de 2009

P.

Ele olha pra trás, dando risada. Diz: fique calma. Ela responde: não, não fico calma!
Porém, ele a deixou calma.

Mas só pelo fato dele ter reparado na sua exaltação e achado graça, ela quer ficar nervosa para sempre; só para poder faze-lo rir.

7 de setembro de 2009

Não, eu não vou pedir desculpas. Não vou assumir seus erros, porque nem sei se estou disposta neste momento a assumir os meus, os conheço, mas agora estou concentrando minha raiva para pensar em você. Não vou dizer que sinto muito, não sinto. Não vou dizer que espero que isso mude, honestamente, não espero. Talvez seja para sempre assim. Não vou pedir desculpas. Queria não ter te falado ofensas e queria não ter te ofendido. Mas não vou pedir desculpas.

5 de setembro de 2009

Por Paulo Mendes Campos
"O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba."

Essa é uma das várias crônicas selecionadas para livro Boa Companhia. Organizado por Humberto Werneck, eu recomendo.

Me apaixonei por esses sutiã/top. Não é o tipo certo de roupa íntima para esconder, se eu o tivesse comprado(por 20 reais, aliás, 19,90 na C&A), iria querer mostrá-lo com alguma blusa de costas nuas ou ombro aparente! A pulseirinha fofa com um elefantinho dourado com strass custa, na Riachuelo, 15 e fração.

Não lembro o preço do vestidinho, mas ele é 100% algodão, fresquinho e superversátil: é possível usá-lo na praia, no shopping, na sorveteria e na casa da avó! Na foto não dá para ver, mas ele é listradinho(vertical) de branco e azul, se combinado com vermelho, fica com uma pegadinha de marinheiro.
Aaah, eu estava sentindo falta do verão!

2 de setembro de 2009

a espera.

Três vezes por semana, eu saía às cinco e sentava no banco de cimento do estacionamento, esperando por minha carona. A aula era longa e enfadonha, e o fato de eu conhecer (apenas superficialmente) pouquissímas pessoas de minha sala -que tinha aproximadamente 130 componentes- só a tornava pior.
Eu estava cansada, louca para chegar em casa. Mas fazer o quê? Precisava estar ali. Enquanto tentava revisar e memorizar os assuntos, muito embaçados por conversas e barulhos paralelos à minha concentração, percebi a presença de um homem. Logo reconheci nele um segurança. Cumprimentei e começamos a conversar.
Isso tornou-se uma rotina. Mas havia alguma coisa estranha, alguma coisa errada. Um dia eu acidentalmente comentei que dançava. Pra quê, senhor, pra quê?! Isso foi suficiente para ele me contar tudo o sabia sobre arte. O tio se identificou com uma facilidade incrível, e começou a me mostrar as fotos da arte dele. A arte dele eram quadrinhos de times de futebol esculpidos em madeira, ou frase no estilo "Deus é meu Pastor e nada me faltará".
Me encontrei na situação de evitá-lo. Fazia de tudo para chegar ao mais tardar no estacionamento, e tentava entrar no carro bem rápido, sem nem antes sentar no banquinho de cimento para esperar, sem nem raciocinar sobre tudo que eu havia visto/ouvido durante a tarde. Tudo isso por alguma coisa estranha no sujeito, que eu não consegui identificar por semanas... o homem era tão simpático!
Minha mãe, em uma sexta-feira, olhou para ele, que dava tchauzinho do outro lado da rua.
- Sinto muito por ter que te fazer esperar. Tenho tentado chegar mais cedo para te poupar do papo chato dele, mas ele está sempre aí, te acha inteligentíssima.
Chato. Esse era o problema do cara.

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