19 de setembro de 2009
Um dia, ele a puxou para perto e sussurou besteiras românticas no seu ouvido. Ele lhe deu um apelidinho ridículo, mas que seria só deles.
Um dia, ela disse eu te amo. Ele ouviu com os olhinhos mais brilhantes do mundo, e na hora nem respondeu, só consguiu olhá-la. Mas pensava alto, muito alto: amo, amo, amo.
Um dia, ele tocou na mão dela e olhou através de seus olhos, como se pudesse vislumbrar seus pensamentos, e, por um momento, eles não precisaram dizer nada.
Um dia, ela e ele perceberam que não eram mais ela e ele, eram eles. Como em um só.
Um dia, eles deram risada confessando que iriam ficar juntos mesmo quando estivessem velhos, pelancudos carecas.
Um dia, juntos, eles perceberam que estavam velhos, pelancudos e carecas.
Um dia, ela acordou.